Gente, esse negócio de política e escândalos
me deixou sem vontade de escrever. Tem tanto babaca dando pitaco em tudo que eu
seria apenas um a mais... Mas como babaquice não conhece limites: aqui estou
eu! Minha paixão por rock’nroll vem desde menino: muito tempo, véi... Claro que
o rock explica o mundo, desde que o rock é rock, é claro. Antes disso havia, digamos
assim, manifestações, esparsas e desconectadas do fenômeno rock’nroll. Alguém
duvida que Mozart e Beethoven fossem roqueiros? Einstein e o doidaço Tycho Brahe (deixo pra você que pesquise sobre este cara no
Google)? Alguns poetas como Camões, ou mesmo Castro Alves? Descartes, Sócrates?? É muita história...
Mas, eu queria mesmo era falar de rock, o bom e velho rock´n roll, mas ando
desanimado também, acho que o clima não está para isso... Há uns dois anos , com
muito esforço fiz, junto com meu personal consultor para assuntos de rock e
música em geral o bom e velho (nem tanto
assim, é claro...) Edelvandro -enquanto ele tomava umas antárticas e eu
entornava sem dó uns cinco copos de guaraná; uma lista dos riffs imortais que
podem ser vistos no YouTube e também algumas performances notáveis de quarenta ou
mais anos atrás que são repetidas até hoje pelas “novas”estrelas.
Por exemplo, quem não acha essa Lady
Gaga meio , digamos assim, trash ? A mulher parece uma formiga e paga de “fatal”!
Ir em uma premiação vestida de carne? Nem o Ozzy nos tempos em que ainda
controlava seus esfíncteres pensou nisso. E a Amy Winehouse ? Foi uma espécie de revival
de grandes doidões suicidas como Janis, Jimmi Hendrix e Jim Morrison (sobre este há dúvidas, vou voltar nisso nas
lendas do rock). Amy foi se matando frente a todos bem no estilo Sid
Vicious, se bem que nessa história do falecido SexPistol a lenda diz que foi a
própria mãe quem lhe ministrou a overdose mortal e que ela teria confessado
isso pouco antes de morrer... também de overdose. Mais rock’nroll impossível!!
Bom, vamos ao que interessa. Depois de
muita discussão, onde a Cida acabou definindo alguns pontos importantes,
fizemos essa lista, que segue com alguns comentários e os links para que possam
ver/ouvir. Começamos com alguns que são,
obviamente, hors-concours. Primeiro Chuck Berry , poderia começar com “Maybelline”
(http://www.dailymotion.com/video/xbryk_chuck-berry-maybelline_music)
, passar por “You never can tell” , impagável com John Travolta e Uma Thurman
dançando em Pulp Fiction. Mas a imortal “Johnny B. Good” tem sua melhor seqüência no filme “De volta
para o futuro 1” ,
onde o ator Michael J. Fox apresenta a música antes mesmo que ela exista e um
dos músicos do conjunto do baile da escola liga para o Chuck e ele acaba sendo
inspirado por ele mesmo... Rock`nroll é isso, Chuck Berry fields forever.... Outro
hors-concours é Jimmi Hendrix, sua lendária apresentação em Woodstock tocando o
hino nacional americano é disciplina obrigatória para qualquer iniciado em
rock, quem viu viu, mas quem não viu pode ainda assistir toda a apresentação de
Jimmi Hendrix em Woodstock pelo link http://video.google.com.br/videoplay?docid=-3981364972665945187#
. Mas não deixo de registrar aqui a performance de “Wait until tomorrow” por John
Mayer, em http://www.youtube.com/watch?v=bww30yl3Jps.
Veja!!!!
Também na galeria dos imortais, a
fantástica apresentação do então casal Ike & Tina Turner em 1971 no
Carnegie Hall em New York (registrado no álbum What you hear is what you get),
a interpretação de “Proud Mary” do Creedence Clearwater Revival é definitiva,
depois disso ouvir a versão original em ritmo de musica country é impossível! A
poderosa guitarra de Ike e a voz rascante de Tina criam um momento mágico do
rock, dá vontade de largar o emprego e ir trabalhar num barco no Mississipi... Os
acordes da primeira parte imitam o movimento da grande roda da ” Proud Mary,
the river boat queen”, a segunda parte é
puro rock! Em que pese a barra pesada que viviam há um excelente filme sobre a
vida deles: Tina. Mas para quem
imagina que foi Beyoncé que inventou o rebolado, veja Tina e as Ikettes dançando e tire suas
conclusões. http://www.youtube.com/watch?v=54XRNQ2C2x0.
E, last but not least, temos Eric Clapton. Outro pré-requisito para ser aprovado
na escola do rock é ter assistido a ópera-rock Tommy, do The Who, pelo menos
umas dez vezes. Quem assistiu lembra-se da cena de um culto estranho (o filme é bem surreal...) onde o
“preacher” é ele mesmo: Eric Clapton!!! (Tina Turner aparece no filme também em
uma antológica “Acid Queen”). Quem descobriu Bob Marley para o mundo foi ele,
quando gravou “I shot the sheriff”, só isso já valia a história toda e a gente
poderia parar por aqui, mas assista essa impressionante apresentação feita no
Hide Park em Londres : http://www.youtube.com/watch?v=6Iugs4pSpgY
). Veja também duas outras performances, a primeira com “Crossroads” do lendário
bluesman Robert Johnson, narrando seu pacto na “encruzilhada” , existem
diversas apresentações na internet, mas essa vale a pena pelo arranjo mais
pesado, veja em http://www.youtube.com/watch?v=-twOjwBORwg
. A segunda performance com o cantor e
multi-instrumentista americano Baby Face em “Change the world” do filme
“Phenomenon”, apresentada no “Baby Face Unplugged” da MTV e disponível em http://www.youtube.com/watch?v=9RRVD1ihAEA.
Tudo bem que o filme é uma baba do John
Travolta nestes lances de cientologia, uma religião esquisita que atores
americanos inventaram, mas é assim: rock’nroll, capítulo 1, versículo 20,
século 21...
Só
para concluir esta primeira parte, lembro que usei alguns versos do Gilberto
Gil, da música Chuck Berry Fields Forever, que está em “Doces Bárbaros”, pra
quem duvida que a raiz do rock está na África veja a letra aí embaixo.
Chuck Berry Fields Forever
Trazidos d’África pra Américas de Norte e
Sul
Tambor de tinto timbre tanto tonto tom tocou
E neve, garça branca, valsa do Danúbio Azul
Tonta de tanto embalo, num estalo desmaiou
Vertigem verga, a virgem branca tomba sob o sol
Rachado em mil raios pelo machado de Xangô
E assim gerados, a rumba, o mambo, o samba, o rhythm'n'blues
Tornaram-se os ancestrais, os pais do rock and roll
Tambor de tinto timbre tanto tonto tom tocou
E neve, garça branca, valsa do Danúbio Azul
Tonta de tanto embalo, num estalo desmaiou
Vertigem verga, a virgem branca tomba sob o sol
Rachado em mil raios pelo machado de Xangô
E assim gerados, a rumba, o mambo, o samba, o rhythm'n'blues
Tornaram-se os ancestrais, os pais do rock and roll
Rock é o nosso tempo, baby, rock and roll é
isso
Chuck Berry fields forever
Os quatro cavaleiros do após-calipso, o após-calipso
Rock and roll, capítulo um, versículo vinte
-Sículo vinte, século vinte e um
Versículo vinte, -sículo vinte, século vinte e um
Chuck Berry fields forever
Os quatro cavaleiros do após-calipso, o após-calipso
Rock and roll, capítulo um, versículo vinte
-Sículo vinte, século vinte e um
Versículo vinte, -sículo vinte, século vinte e um
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